Na noite de segunda-feira (10), o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) emitiu uma ordem para a remoção de vídeos contendo pregações do pastor André Valadão, especialmente da série intitulada “Deus odeia o orgulho”. Esses vídeos estavam disponíveis em perfis online da Igreja Batista da Lagoinha, do próprio pastor e em diversos veículos de imprensa.

As acusações indicam que o religioso sugeriu que “se pudesse, Deus mataria a população LGBTQIA+” e incentivou seus seguidores a agirem de forma agressiva. O juiz federal José Carlos Machado, responsável pela decisão, afirmou que o pastor “exerce influência sobre um número significativo de fiéis e seguidores” e que ele “ultrapassou os limites da liberdade de expressão e crença”. O juiz ressaltou que a continuidade dessas publicações poderia resultar em uma “desestabilização social” devido ao seu “potencial homofóbico e transfóbico”.
Em sua defesa, Valadão argumenta que as alegações foram tiradas de contexto e que ele estava apenas reiterando o que está escrito na Bíblia. O pastor afirmou: “Não fiz nada além de repetir o que está escrito na Bíblia. Aqueles que se aproveitam da situação estão distorcendo os fatos para disseminar ódio contra os cristãos”.